Adolescente mata padrasto em legítima defesa após tentativa de cativeiro e incêndio

Caso trágico aconteceu em condomínio residencial de Pitangueiras

Em um trágico e perturbador incidente, um adolescente matou seu padrasto em legítima defesa enquanto tentava proteger sua mãe em meio a uma situação de extremo perigo. O caso aconteceu em um condomínio residencial de Pitangueiras, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

De acordo com o boletim de ocorrência JV8714-1/2024, o adolescente estava sendo mantido em cárcere privado pelo padrasto que fez exigência relacionada à chave de um carro. A mãe do adolescente explicou em seu depoimento que havia decidido se separar do homem devido a incompatibilidades, o que gerou insatisfação por parte dele. Enquanto trocava mensagens com sua mãe pelo Whatsapp para que ela chamasse a polícia, o adolescente tentou sair do apartamento uma primeira vez, mas foi impedido pelo padrasto, que ameaçou incendiar o local. Embora o acesso do homem ao condomínio estivesse bloqueado, ele conseguiu entrar, agravando ainda mais a situação.

Quando a mãe do jovem chegou ao condomínio, pediu ao porteiro para levar a chave até o apartamento onde vivia, mas seu ex-marido insistiu que a entrega fosse feita por ela e não recebeu a chave pelo porteiro, o que mostrou que ele não tinha interesse no carro em si, mas sim na presença da mãe do adolescente. Mensagens de WhatsApp confirmam essa versão.

Durante o incidente, o padrasto, que já havia espalhado combustível pela casa, colocou fogo na sala ao perceber que a tentativa de entregar a chave não havia sido realizada pela mãe do garoto. O menino então enviou uma mensagem para sua mãe, o que a levou a subir até o apartamento. Ao chegar e tocar a campainha, o padrasto abriu a porta e o menino conseguiu sair para o corredor do prédio.

Uma vez no corredor, o menino se colocou atrás da mãe, que, por sua vez, o protegeu ficando à frente dele. Ambos ficaram encurralados na parede. Nesse momento, o padrasto atacou a mulher, puxando seus cabelos e tentando arrastá-la de volta para o apartamento, pois não queria que eles ficassem do lado de fora. Ao abrir a porta do elevador, vizinhos testemunharam mãe e filho encurralados, enquanto o padrasto os insultava e agredia verbalmente. A vizinha correu para chamar a polícia enquanto seu marido tentava intervir e recebia palavras ofensivas do agressor.

Naquela altura do campeonato, o homem soltou sua ex-esposa e passou a enforcar o garoto que estava de costas para ele. A mãe do adolescente e o vizinho lutavam para salvar o menino do estrangulamento, tentando afastar o padrasto dele. No meio da briga, o menino, que estava sendo enforcado, puxou uma faca que estava consigo e esfaqueou o padrasto.

Em depoimento, a mãe do adolescente relatou que seu filho golpeou o padrasto para se defender do enforcamento. Apesar dos esforços dos vizinhos e da equipe médica, o homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Outras testemunhas e o porteiro do condomínio corroboraram a versão dos fatos, relatando o comportamento agressivo do padrasto. Após a chegada da polícia, foi constatado que o apartamento estava forrado com combustível e as quatro bocas do fogão estavam abertas no máximo, indicando que uma explosão estava prestes a ocorrer, colocando em risco não apenas aquelas vidas, mas também a de diversos moradores do condomínio.